A decisão de cruzar os braços ocorreu na madrugada de segunda-feira, 31 de julho. Os funcionários dos setores de aves e de suínos seguem paralisados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Erechim e Gaurama (Sindialimentação), Diego Lauer, os funcionários da Aurora buscam melhores condições de trabalho, o Plano de Participação nos Resultados (PPR) fixo, o vale-alimentação dentro do acordo coletivo e o fim das jornadas aos sábados.

“Nossa data-base é 1º de junho. Estamos há dois meses tentando negociar com a empresa, fazer uma proposta que atenda as demandas dos trabalhadores, mas a direção não tem interesse em valorizar seus funcionários mesmo com todo poder econômico que tem”, afirma.

De acordo com Paulo Madeira, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Rio Grande do Sul (FTIA-RS), se não houver avanço nas negociações, a greve irá continuar e existe a possibilidade de paralisação da planta na cidade de Sarandi (RS).

“Os trabalhadores estão mobilizados. A empresa ganhou interdito proibitório, os portões estão desobstruídos, mas o pessoal não está entrando. Temos uma adesão de 99% na greve. Seguiremos em luta para garantir os direitos dos trabalhadores”, explica o dirigente.