O Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Limeira e Região (STIAL) lamenta a morte do jovem brigadista Tiago dos Santos, de 38 anos, morador de Itirapina e trabalhador da Usina Iracema, enquanto tentava combater um incêndio na região rural de Corumbataí.
Stial
26 | 9 | 2024
Foto: Gerardo Iglesias
Apenas ele e mais um trabalhador, com o auxílio de um caminhão pipa, atacavam as chamas que avançaram sobre eles. Tiago morreu no local, o segundo trabalhador foi internado em estado gravíssimo.
Mesmo a Polícia Civil tendo registrado Boletim de Ocorrência como incêndio, lesão corporal e homicídio, a Usina Iracema não se manifestou sobre o caso ou sequer respondeu às tentativas de contato do STIAL, que lamenta a postura da usina diante de um caso tão grave e acompanha a investigação.
O sindicato está cobrando transparência nas informações e espera que eventuais culpados sejam responsabilizados e punidos.
Infelizmente, a morte de Tiago e a internação do outro trabalhador não são casos isolados. Desde a penúltima semana de agosto foram registradas dezenas de ocorrências de trabalhadores feridos gravemente no ataque a focos.
No dia 23 de agosto, dois funcionários de uma usina em Urupês, na região metropolitana de São José do Rio Preto, morreram ao tentar combater um incêndio. Um trabalhador do sudoeste de Goiás também morreu nas mesmas circunstâncias.
No início do mês, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação (CNTA) e a União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (UITA), enviaram um ofício para a ÚNICA — União da Indústria de Cana de Açúcar e Bionergia, maior organização representativa do setor de açúcar, etanol e bioenergia do Brasil, sobre a onda de queimadas que estão sendo registradas no país e as condições de trabalho dos empregados no combate a esses incêndios.
Foi solicitada uma reunião em caráter de urgência. O ofício não teve resposta.