Diante da Reforma Trabalhista, a empresa vinha se recusando a incluir este direito nas negociações salariais deste ano, o que impactaria de forma brutal nos salários de parte dos empregados.
A resistência veio da ação conjunta do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial) e do Sindicato dos Rodoviários de Limeira e Região, que conseguiram mostrar aos trabalhadores a importância da mobilização.
O resultado desta “briga” veio na semana passada, com proposta da empresa que foi aprovada pelos trabalhadores. Agora, todos os empregados do setor Agrícola passam a receber valor equivalente a 25 horas por mês, por conta do de deslocamento até o local de trabalho – sendo que os trabalhadores de Leme-SP receberão 28h ao mês.
Além disso, estas horas serão acrescidas de um adicional de hora extra de 55%. O valor também terá incluso uma indenização média, calculada pelas horas de percurso nos últimos 5 anos.
“Foi uma luta difícil, pois tivemos de unir a categoria. Parte dos empregados da Usina não recebe estas horas, mas mesmo assim permaneceu mobilizada em favor dos companheiros”, analisou o presidente do Stial, Artur Bueno Júnior.
Empregados do setor interno não recebem as horas de percurso. Pelo texto frio da Reforma Trabalhista, as empresas não são mais obrigadas ao pagamento das horas de percurso.
“Isto em nada muda a situação dos trabalhadores da Usina, que seguem mobilizados, na luta pelo pagamento deste direito”, argumentou o sindicalista.
Ainda na negociação do setor Agrícola, os empregados conquistaram um Cartão Alimentação de R$ 370,00.
Fotos: Stial