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Sindicalistas fazem ato em defesa da Justiça do Trabalho

Um grupo de 100 sindicalistas, de diferentes categorias profissionais de Limeira, realizou nesta quinta-feira (7), um ato em defesa da Justiça do Trabalho, em frente ao Fórum Trabalhista do município.

A manifestação, que teve participação da União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL), terminou com a entrega de um documento de apoio à manutenção do órgão, para o diretor do Fórum, o juiz Renato Guedes.

“O governo atual tem encampado a tese da extinção da Justiça do Trabalho. Para quem convive com ela diariamente, e acompanha a defesa dos direitos dos trabalhadores, isto seria um retrocesso”, apontou o presidente da União Sindical, Artur Bueno Júnior.

Um carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região auxiliou nos discursos dos dirigentes sindicais, e faixas de apoio à Justiça do Trabalho foram colocadas na fachada do Fórum. Renato Guedes recebeu o grupo no interior do prédio, agradecendo o apoio das entidades sindicais.

O juiz destacou o risco aos direitos trabalhistas, sem uma justiça exclusiva. “O juiz especializado tende a tocar o processo com mais agilidade, segurança e qualidade nas decisões. Indo à Justiça comum, tende a ser solucionado de forma mais morosa e com uma decisão de menor qualidade”, afirmou. Bolsonaro mencionou incorporar a estrutura da Justiça do Trabalho à Justiça comum.

As duas varas do Fórum Trabalhista de Limeira recebem atualmente cerca de 3 mil ações por ano. Artur Bueno Júnior lembrou que grande parte delas é referente a verbas rescisórias – um direito óbvio que as empresas insistem em desrespeitar.

“Ao justificar o fim da Justiça do Trabalho, o presidente só fala em cortar custos, e menciona um suposto comportamento paternalista dos juízes para com o trabalhador.

Ele se esquece que a função do Poder Judiciário não é a de gerar lucros, mas pacificar a convivência dos cidadãos brasileiros, o que acontece de maneira mais efetiva quando há uma instância especializada, como a do Trabalho.

Sua extinção não significaria qualquer avanço para o Brasil. Ao contrário, representaria prejuízos aos trabalhadores, aos pequenos e grandes empresários”, analisou.