A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA) a Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac-CUT) e a Regional Latino-americana da União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Rel UITA) vêm a púbico manifestar repúdio pela agressão sofrida pelo companheiro Maurício Francisco da Silva em Forquilhinha-SC.

O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região (Sintiacr) havia recebido denúncia de assédio sexual praticado por supervisor de uma unidade da Seara-JBS em Foquilhinha.

Cumprindo o dever sindical, ele orientou a vítima e deu toda a assistência para que ela denunciasse o fato aos órgãos competentes. O supervisor foi afastado pela empresa, mesmo caso da vítima, e foi aberta sindicância interna.

Ocorre que após ouvir os envolvidos e testemunhas de ambos os lados, a empresa concluiu que o fato “não passou de uma brincadeira de mal gosto”, posicionamento que acaba por “normalizar o assédio”, e fortalece a versão do assediador.

O posicionamento teve consequências. Na véspera do aniversário do dirigente
sindical, durante comemoração em uma lanchonete da cidade, o companheiro foi
surpreendido com um soco no nariz pelo supervisor da empresa.

Para as entidades representativas da categoria, ficou óbvio que a omissão da empresa fez com que o agressor se sentisse no direito de praticar o ato.

A CNTA, a Contac e a Rel UITA cobram responsabilizações jurídicas e trabalhistas, tanto do supervisor acusado como da Seara-JBS.

A empresa demonstrou não possuir qualquer política de prevenção ao assédio
sexual, ignorando o diálogo com as entidades sindicais no sentido de implementar a tolerância zero relativa ao problema.

Nosso total repúdio ao ato de agressão e total solidariedade ao dirigente sindical agredido, bem como à vítima do assédio, e nosso apoio à diretoria do Sintiacr, entidade combativa na defesa de seus representados, como demonstrado.