“Muito longe das promessas feitas por seus impulsores, de que a reforma trabalhista traria mais trabalho, atualmente não só não gerou mais emprego no país, como também precarizou ao máximo as condições de trabalho e os direitos da classe operária”, destacou Moacyr.
De acordo com o dirigente, as empresas estão se valendo de todas as cláusulas da Reforma Trabalhista que permitam flexibilizar ao máximo as condições de trabalho.
“Os trabalhadores já estão assinando contratos que validam as jornadas moveis, o trabalho intermitente e a terceirização, inclusive das atividades fins das empresas. A situação está se tornando um salve-se quem puder”.
Um exemplo claro para o dirigente foi o caso da empresa de transporte aéreo LAN Airlines Brasil, que despediu na semana passada 1.300 trabalhadores e trabalhadoras visando a recontratar de forma terceirizada.
Para Moacyr a baixa capacidade de mobilização dos sindicatos somada aos efeitos negativos da reforma trabalhista para as organizações sindicais fizeram com que as negociações coletivas ficassem cada vez mais difíceis.
“Estamos perdendo a capacidade de nos solidarizarmos porque o medo de ficar sem emprego é mais forte. Fechar acordos positivos para o coletivo está a cada dia mais complicado porque cada um só quer pensar em si mesmo”, lamentou.
Nesse sentido, o dirigente informou que a CONTRATUH realiza uma forte campanha de conscientização para as próximas eleições de outubro.
“Queremos deixar claro para todos os trabalhadores e as trabalhadoras quais foram os legisladores que votaram contra os seus direitos. Temos a confiança de poder reverter este quadro nas urnas. Que esta reforma seja revocada. Estamos trabalhando fortemente nisso”.
Moacyr informou que uma delegação da Confederação viajará para o Rio Grande do Sul nos primeiros dias de setembro para apoiar a reeleição do senador Paulo Paim.
“Viajaremos para o sul para dar o nosso apoio ao senador Paim, contamos com sua reeleição no Congresso, porque foi um lutador incansável na defesa dos direitos da classe operária, tão agredida nestes últimos dois anos”, concluiu.
Moacyr Roberto Tesch e Senador Paulo Paim
Em Montevideo, Amalia Antúnez
Fotos: Gerardo Iglesias