Dirigentes sindicais dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo iniciaram uma coordenação que busca ser o pontapé inicial para uma tarefa que será ampliada aos outros setores da alimentação.
Artur Bueno de Camargo, presidente da Cnta, apelou à unidade do movimento operário diante dos ataques aos direitos trabalhistas, sociais e humanos cometidos pelo governo de Jair Bolsonaro.
“Tivemos nossas divergências, mas o momento atual em que vivemos no Brasil e também em outros países da América Latina nos obriga a refletir: não podemos estar divididos, temos que procurar maneiras de resistir e não conseguiremos nada se estivermos isolados”, disse em seu discurso de abertura.
Por sua vez, a vice-presidenta da Cnta, Neuza Barbosa de Lima, reafirmou a importância de resistir ao ataque dos empresários, que estão sendo amparados pelo governo, para precarizar dia a dia as condições de trabalho.
José Modelski Junior, representando a Contac, recordou que as divisões do movimento operário levaram à que fossem aprovadas a reforma trabalhista e a reforma da previdência, ambas nefastas para os trabalhadores e as trabalhadoras.
Antonio Vitor, presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de São Paulo (Fetiasp), também pediu para sairmos do discurso e começarmos a agir.
“É necessário, é imperativo que possamos nos articular de tal forma que a nossa fusão impeça que o capital nos devore”, sentenciou.
Abrindo a etapa de propostas, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) fez uma apresentação sobre as condições do setor frigorífico no Brasil e sobre a cadeia produtiva da carne.
Na tarde de ontem e na manhã de hoje, os participantes apresentarão propostas para elaborarem uma pauta conjunta de reivindicações a nível nacional.
Fotos: Amalia Antúnez | Rel UITA
Em São Paulo, Amalia Antúnez