A presidenta Mundial do Comitê de Jovens da UITA, Mônica Bufon participou do Conselho Deliberativo da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais, realizado em Brasília nos dias 28 e 29 de novembro.
Além de conhecer os graves problemas enfrentados pelos empregados e empregadas rurais brasileiros, a representante da UITA recebeu dos dirigentes um pedido para que a Internacional apoie uma campanha de resgate da Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados (PNATRE), engavetada pelo governo de Michel Temer.
A PNATRE foi construída pelo movimento sindical e pelo governo da então presidente Dilma Rousseff e previa o desenvolvimento de políticas de capacitação e ampliação da escolaridade; combate à informalidade; criação de oportunidades para geração de trabalho e renda; combate ao trabalho escravo e inclusão produtivas de mulheres na cadeia.
“A Política foi aprovada, foi elaborado um plano de trabalho que continha todas as ações que seriam desenvolvidas com definição de responsabilidades e previsão orçamentária. Quando iniciamos os primeiros passos dessa política aconteceu o impeachment e ela foi engavetada”, relembrou Gabriel Bezerra Santos, presidente da CONTAR.
Os participantes do Conselho registraram que a maioria absoluta dos assalariados rurais é jovem, trabalha em condições precárias e muitas vezes perde a capacidade laboral antes mesmo de chegar a fase adulta e é em razão disto que o Comitê de Jovens da UITA foi demandado.
Mônica Bufon destacou que a UITA participou da Primeira Mobilização Nacional dos Assalariados e Assalariadas Rurais quando foi exigido do governo uma ação coordenada para melhorar com efetividade as condições de trabalho.
“A UITA é parceira dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, apoia as ações da CONTAR, suas Federações e Sindicatos e lutará pela retomada da PNATRE.
Os trabalhadores brasileiros vêm sofrendo uma agenda de retirada de direitos nos últimos anos, que associada ao desemprego faz com que muitos jovens se submetam a condições precárias de trabalho.
A retomada da Política Nacional pode ser um passo efetivo para mudarmos essa agenda”, afirmou Mônica Bufon.