Os eventos contaram com representantes de Federações e sindicatos de mais de 20 estados da União e de mais de 100 cidades do Brasil.
Na tarde do dia 23, a diretoria da CNTA esteve reunida para discussões sobre os rumos da entidade e a pauta final para a Assembleia, que aconteceu do dia seguinte. Alternativas para a manutenção e continuidade plena da luta e do trabalho também foram discutidas.
Das 8h às 14h do dia 24, aconteceu a votação dos delegados para eleger a diretoria da CNTA para o próximo quadriênio. Companheiros de sindicatos e federações de todo o país inscreveram-se e votaram – em um momento de reencontro e troca de experiências sobre as dificuldades pelas quais o movimento sindical passa, de maneira geral, com as medidas perversas e persecutórias do governo Bolsonaro.
A Assembleia Geral Nacional da Categoria Profissional da Alimentação aconteceu no período da manhã com a prestação de contas da CNTA para as federações e sindicatos. As contas foram aprovadas pela assembleia e, na sequência, foram discutidas e votadas formas de continuidade do trabalho da entidade.
No VII Congresso Nacional da Categoria Profissional da Alimentação com as palestras de Clemente Ganz Lucio, do DIEESE, e Gerardo Iglesias, secretário regional da UITA.
A tônica da palestra de Ganz Lucio foram as mudanças nas relações de trabalho relacionadas às novas tecnologias e como o movimento sindical precisa se modernizar para atender às várias demandas dos “novos tipos de prestação de trabalho”.
Ele falou também sobre as articulações bem mais estruturadas do atual governo no sentido de mitigar as forças do movimento sindical. Segundo ele, esse é um governo especialmente organizado em prol do capital com o claro objetivo de retirar benefícios dos trabalhadores, aumento dos resultados de grandes grupos empresariais.
Iglesias, em sua palestra, destacou a onda conservadora, de direita, em toda a América Latina e como isso está gerando mais miséria e dificuldades para os trabalhadores de todas as categorias.
Ao final das palestras, houve a apresentação da mesa de votação sobre o resultado das eleições, que consagrou a chapa única para o próximo quadriênio.
O microfone foi aberto para os componentes da mesa, que fizeram colocações sobre como estão observando, contornando, revidando e combatendo os ataques contínuos ao movimento sindical desferidos pelo atual governo.
Artur Bueno de Camargo, presidente reeleito da CNTA, fez uma explanação referente às propostas discutidas e apresentadas na reunião da diretoria, na assembleia e no congresso. E, com autorização dos congressistas, fez o seguinte encaminhamento:
- Que haja um empenho de cada entidade em sua região para unificar a luta com as demais entidades de outras categorias para desconstruir os ataques que o movimento sindical e a classe trabalhadora vem sofrendo;
- Com o objetivo de integrar os jovens no movimento sindical, foi proposto que cada entidade organize a Secretaria da Juventude em sua região;
- Com o objetivo de construir propostas que possam desenvolver o setor produtivo para a geração de emprego com qualidade, os representantes sindicais dos trabalhadores devem procurar as representações patronais para discutir a relação capital-trabalho.
Após manifestações do plenário, foi colocada para votação uma Moção de Repúdio ao Governo Bolsonaro por conta de todos os atos de perseguição, restrição e tentativa de aniquilação do movimento sindical. A moção foi aprovada por unanimidade.
Instruções para a manutenção da estrutura sindical da categoria profissional nos três níveis da atuação, que hoje funciona com grande eficácia, foram votadas e aprovadas para que se dê continuidade ao trabalho realizado em prol dos trabalhadores.
Após o término do congresso, a pedido de Gerardo Iglesias, da Rel-UITA, e com a manifesta concordância dos presentes, foi feito um registro em protesto à onda de repressão pela qual passa Honduras, com a prisão de manifestantes de esquerda e até de líderes sindicais.
Uma manifestação para que essa onda de repressão termine por lá e não alcance também o nosso país.