Artur Bueno de Camargo Junior, vice-presidente da CNTA, informou que o encontro com Hahn teve como principal objetivo acompanhar a entrega, feita no ano passado, da documentação probatória de que a reforma trabalhista, aprovada em 2017, viola os convênios internacionais da agência das Nações Unidas, assinados pelo Brasil.
“No final do ano passado, conjuntamente com a Rel-UITA, a CONTRATUH e a CONTAG entregaram ao Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, em Genebra, um documento apresentando as provas de uma série de violações cometidas contra os direitos trabalhistas e os convênios da OIT”, afirmou Junior.
De acordo com o dirigente, a audiência foi solicitada pelas organizações sindicais, nucleadas no FST, para exigirem da agência da OIT o encaminhamento das violações, cometidas pela reforma trabalhista do Brasil, para a próxima reunião da OIT, em junho de 2018, cuja pauta será a questão dos convênios internacionais em matéria de direitos trabalhistas.
“Queremos que a OIT Brasil tome uma posição clara e firme contra as violações aos direitos trabalhistas cometidas pelo governo brasileiro ao aprovar esta reforma”, enfatizou o dirigente.
Junior explicou também que as organizações sindicais oferecerão ao diretor da agência da OIT no Brasil os embasamentos e provas necessárias para esta petição.
“É preciso que o diretor Martin Hahn possa expor na reunião da OIT de junho os aspectos prejudiciais desta nova legislação e suas implicâncias jurídicas, por afetarem gravemente os direitos trabalhistas dos brasileiros e das brasileiras, além de representarem um retrocesso de 100 anos nas conquistas obtidas pela classe operária”, concluiu.