O encontro propiciou um debate sobre os problemas que os trabalhadores e as trabalhadoras do setor ainda enfrentam em relação às condições de saúde e segurança nos seus locais de trabalho; sobre a implementação da Norma Regulamentadora 36 e sua possível eliminação pelo governo; como também se discutiu a experiência de sucesso do projeto de redução do ritmo de trabalho na linha de produção de um frigorífico da JBS em Forquilhinha, Santa Catarina.
Sobre esse exemplo, Marco Brand informou que esta não é a realidade da média dos frigoríficos atendidos pelo seu sindicato.
“Em nossa unidade da BRF não são respeitadas as normas básicas determinadas pela NR36, como as pausas durante o trabalho”, disse para A Rel.
“O ritmo é intenso e quando há trabalhadores e trabalhadoras apresentando lesões devido a esse esforço repetitivo, eles/as são encaminhados para o INSS, que lhes dão atestados médicos. Só que estes atestados são ignorados pela empresa”, denunciou.
Consultado sobre o seminário, Marcos destacou que foi uma experiência enriquecedora tanto para ele como para os seus companheiros do sindicato.
“Somos novos no sindicalismo e este tipo de seminários nos oferece ferramentas e vínculos para transformarmos a realidade” .
“O caso do frigorífico de Forquilhinha demonstra que quando há um sindicato forte e as alianças certas são feitas, como no caso do MPT, tudo é possível”, avaliou.
Em Florianópolis, Amalia Antúnez | Rel UITA