O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Grande Florianópolis e Vale do Rio Tijucas (Sitiali), que representa os trabalhadores da JBS, foi no dia seguinte ao frigorífico avícola para investigar o ocorrido.
Em diálogo com A Rel, Tiago destacou que por enquanto se tratam de hipóteses, pois não houve testemunhas do acidente.
Itamar Bedin, de 45 anos, trabalhava como técnico eletromecânico na JBS de São José desde o final de 2019, era de Chapecó, casado e com dois filhos.
Na última sexta-feira, Itamar entrou na máquina de resfriamento de frango, chamada chiller, para retirar um hidrômetro caído. Ele teria escorregado e ficado preso entre o helicoide que transporta os frangos e a parede do equipamento, morrendo asfixiado.
“Este não é o primeiro acidente fatal na unidade da JBS em San José. Em janeiro de 2017, um trabalhador terceirizado morreu eletrocutado enquanto fazia a manutenção no setor do RH da empresa ”, lembrou Tiago.
O dirigente sindical foi à avícola, um dia após o acidente, para saber se existia alguma falha na segurança.
“O acidente ocorreu por volta das 07h30 e, segundo testemunhas, a emergência médica chegou poucos minutos depois das 8h. O que não temos como saber é se o atendimento dentro da empresa chegou imediatamente”, disse Tiago.
“O primeiro a ajudá-lo foi um colega da limpeza que tentou retirá-lo, mas não conseguiu e chamou a equipe de manutenção, que reverteu o funcionamento do chiller para liberar Itamar, e depois abriram um buraco na parede do equipamento para retirar o corpo”, explicou.
"Infelizmente, quando eles conseguiram tirá-lo de lá, não houve maneira de reanimá-lo."