Francisco Luiz de Oliveira, representante dos trabalhadores da distribuição da Philip Morris em São Paulo, participou da reunião e conversou com A Rel a esse respeito.
“A situação é preocupante, porque se o que a PM propõe ocorrer, que é começar a produzir cigarros eletrônicos, o impacto na cadeia produtiva será enorme, principalmente nos agricultores que vivem do cultivo do tabaco”, disse Francisco.
“Eu represento os trabalhadores e as trabalhadoras da distribuição, e considero fundamental construir alianças com os operários de fábricas e os cultivadores, que serão muito mais afetados se a Philip Morris passar a produzir cigarros eletrônicos, mais ainda se as outras grandes produtoras de tabaco, como a Britsh American Tobbaco (BAT) e a Universal Leaf seguirem o exemplo”, analisou.
Francisco alertou que as organizações sindicais terão que dar sinais claros de unidade para poderem enfrentar as novas pautas do mercado e a redução de postos de trabalho que ocorrerão.
“A robotização e esta tendência à eliminação do cigarro comum fazem com que o setor do tabaco seja um dos mais afetados em termos de perdas de postos de trabalho. Portanto, as organizações sindicais devem atuar já e com muita ênfase”, finalizou.