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Com Artur Bueno de Camargo
CNTA e Contac juntas em defesa do emprego na JBS

“O Ministério do Trabalho tem que agir”

Na semana passada, a Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação e Afins (CNTA Afins) e a Confederação Democrática Brasileira de Trabalhadores da Alimentação (Contac) solicitaram uma audiência no Ministério do Trabalho para ser analisada a crise que afeta a maior processadora de carne bovina do mundo, a empresa JBS, colocando em risco milhares de postos de trabalho.

A Rel conversou com Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins, para conhecer os detalhes da reunião. “Exigimos do Ministério do Trabalho que tome uma posição com respeito à crise enfrentada pelo grupo JBS e que afeta, principalmente, trabalhadores e trabalhadoras”, destacou.

De acordo com Artur Bueno de Camargo, é preciso que o Ministério do Trabalho interceda nesta questão, da mesma forma que o faz para cobrar as dívidas da empresa.

“Que interceda já, para serem mantidos os empregos nas unidades frigoríficas da JBS-Friboi”, disse.

“Solicitamos, também, que o Ministério interceda junto à Procuradoria Geral da República e solicite que os 2 bilhões de reais (60 milhões de dólares) pagos pela empresa em função de um acordo de dívida já assinado por ela, sejam utilizados para garantir a produção e consequentemente a manutenção dos empregos”, informou.

Na reunião ficou estabelecido também que o Ministério convocará um representante da JBS para informar sobre a situação da empresa no Brasil. “Queremos que expliquem ao Ministério o motivo do fechamento das unidades e, consequentemente, as demissões em massa”, informou.

Consultado sobre a impressão que teve sobre a reunião, Artur Bueno de Camargo assinalou que o ministro não estava informado do que estava ocorrendo nesta empresa.

“Ficou claro que o Ministério não estava informado da situação. No início, houve boa vontade. A CNTA e a Contac enviarão uma solicitação para a procuradora geral, Raquel Dodge, esperando que a mediação do Ministério possa pelo menos frear o fechamento de mais unidades frigoríficas e garantir o trabalho”.