O Comitê Executivo Mundial da UITA, que se reuniu virtualmente nos dias 19 e 20 de outubro, aprovou um relatório sobre a América Latina apresentado pela Secretaria Regional, aprovando uma resolução sobre o momento político do Brasil e expressando sua posição em relação às eleições de domingo 30 de outubro.

Após a apresentação do relatório do secretário regional, analisando a situação política e social da América Latina com foco especial no Brasil, e quase ao final da reunião do Comitê Executivo, nossos companheiros Héctor Morcillo, secretário geral da a Federação dos Trabalhadores da Alimentação da Argentina, e Antonio Vitor, presidente da Federação dos Trabalhadores da Alimentação do Estado de São Paulo, tomara a palavra.

“Devemos parar a ofensiva neofascista. Nem o Brasil nem o mundo aguentam mais quatro anos de governo de Jair Bolsonaro”, enfatizou Morcillo.

“Na Argentina, a extrema direita cresceu muito. No ano que vem teremos eleições, e o neoliberalismo, junto com essa extrema direita, está propondo a eliminação total dos direitos trabalhistas, o enfraquecimento absoluto das organizações sindicais, uma profunda flexibilização trabalhista e financeira, entre outras medidas extremas. Estamos diante de uma ameaça global neofascista e autoritária que devemos enfrentar, e por isso manifestamos nosso apoio ao companheiro Lula”, ressaltou Morcillo.

"Apoiamos o relatório da Secretaria Regional e sua posição sobre a situação do Brasil", afirmou António Vitor.

“30 de outubro, um dia decisivo para o futuro do nosso país, da América Latina e do mundo. Precisamos urgentemente reorganizar nosso país. O Brasil deve estar a serviço dos trabalhadores, dos mais vulneráveis, e deixar de estar exclusivamente nas mãos do agronegócio que nos envenena e não alimenta nosso povo. A UITA abraça a nossa luta, pois o que acontece aqui repercute no mundo inteiro, para melhor ou para pior”, afirmou Vitor.

A resolução do Comitê Executivo Mundial da UITA expressa sua solidariedade com nossos filiados e com o povo do Brasil, ao mesmo tempo em que expressa seu apoio a Lula porque “é necessário acabar com a violência contra sindicatos, mulheres, pessoas LGBTI, contra povos indígenas e contra a natureza”.

O relatório da Secretaria Regional destaca que nas eleições “do Brasil, percebem-se dois projetos de país bem diferentes: o de Bolsonaro, que quer menos direitos, mais destruição ambiental e o extermínio das instituições democráticas, e o de Luís Inácio Lula da Silva, que implica proteger as instituições, iluminando de esperança um povo mergulhado até agora numa atmosfera neofascista, também global.”

O povo e a democracia vencerão!