Com a participação de mais de 40 trabalhadoras, trabalhadores e dirigentes sindicais da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras e Uruguai, aos quais se juntaram pela primeira vez as companheiras do Sindicato dos Trabalhadores da Coca Cola (STCC), foram definidas as atividades para o terceiro ano da campanha “16 dias de ativismo contra a violência de gênero e pela promoção dos direitos humanos”.

Além disso, começaram a organizar a participação na 7ª edição da Marcha das Margaridas, a ser realizada em Brasília em agosto de 2023, e retomaram a discussão da Convenção 190 da OIT.

Como sempre, quando estas mulheres se reúnem as propostas de ações brotam como água de nascente.

Propuseram então continuar a dar visibilidade às estratégias de enfrentamento da violência de gênero na região e estimular a participação das trabalhadoras e da comunidade LGBTI na força de trabalho.

Com relação à Convenção 190, o tema foi retomado diante da necessidade de respostas efetivas e coordenadas em nível regional contra a violência no mundo do trabalho.

Um capítulo à parte nesse encontro foi a situação do Sindicato dos Trabalhadores do Instituto Nacional Agrário (SITRAINA) de Honduras, liderado por nossa colega Marta Anariba.

Há vários anos, o sindicato luta por melhorias salariais e para que dezenas de trabalhadores e trabalhadoras em idade de aposentadoria possam exercer este direito.

A mudança de governo, com a assunção de Xiomara Castro como presidenta, abriu a esperança de alcançar os propósitos desejados de forma mais imediata.

No entanto, vários meses se passaram e a direção do INA se recusa a resolver as demandas mais urgentes de seus trabalhadores e trabalhadoras.

Diante dessa realidade, a Rel UITA iniciou uma campanha solidária com o SITRAINA da qual participaram as companheiras do CLAMU.

A companheira Marta agradeceu especialmente a todos aqueles que apoiaram a luta do sindicato. Ela informou que ainda estão negociando e que houve um pequeno progresso em termos salariais para os trabalhadores com salários mais baixos.

“Infelizmente não há progresso nas outras questões, mas quero agradecer do fundo do meu coração por estarem comigo, você tem sido uma grande força para eu continuar lutando. Não tem sido fácil porque recebemos muitas pedras, mas com essas pedras construímos nosso forte”, disse emocionada.

Como é habitual no CLAMU, as propostas de ação são fruto de uma construção coletiva entre todos e todas nós.

Desta vez o trabalho em grupo delineou temas e modalidades de trabalho que serão realizados para a campanha dos 16 dias de ativismo, ficando marcado um novo encontro para o final de setembro.