Gisele, que também é uma integrante ativa do Comitê Latino-Americano de Mulheres da UITA (Clamu), ressaltou ambas as atividades como um passo extremamente importante na continuidade do trabalho desenvolvido há já alguns anos pela Secretaria Regional da UITA.

“A oficina sobre Boas Práticas de Gênero na estrutura sindical, ocorrida no dia 3 na FATAGA, bem como a minha participação no 5º Encontro de Mulheres do STIHMPRA, no sábado, dia 5, marcam a continuidade de um trabalho sério e comprometido, construído pela Rel UITA, que agora nos coloca no desafio de ampliar as pautas LGBTI para as nossas organizações filiadas,” analisou a dirigente.

A oficina, que ocorreu nas instalações da Federação dos Trabalhadores de Bebidas, Aguas Gasosas e Afins (FATAGA), coordenada por Jaqueline Leite, reuniu mulheres de diferentes sindicatos unidos ao Clamu, e analisou não só as experiências bem-sucedidas de todos os trabalhos feitos com foco de gênero dentro dos sindicatos, bem como tudo o que ainda precisa ser realizado.

“Avaliamos o quanto o trabalho do Clamu impacta positivamente no empoderamento das mulheres trabalhadoras e/ou dirigentes sindicais, e como vem abrindo o caminho para a inclusão da comunidade LGBTI na agenda das organizações filiadas”, observou.

A quinta edição do Encontro de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Gelo e Mercados de Frutas e Hortaliças Particulares da República Argentina (STIHMPRA) convidou Gisele para realizar uma exposição sobre o resgate histórico das pautas LGBTI para os sindicatos e os lugares de trabalho.

“Foi um dos encontros mais mobilizadores em que participei. Uma das melhores experiências que tive. A energia positiva transmitida por essas mulheres, o respeito, a solidariedade e a atenção que nos deram. Foi maravilhoso,” lembrou-se emocionada.

Para Gisele, esse tipo de atividades significa um grande avanço, pois coloca em prática as resoluções que foram tomadas na XVI Conferência Regional, realizada em São Paulo em maio, e no Congresso Mundial da UITA, em julho passado.

“Continuamos progredindo e avançando. A criação do Comitê Latino-Americano de Trabalhadores LGBTI é mais um passo numa luta que teve início lá em 2016 e que encontrou nas estruturas sindicais da Regional o apoio e o espaço para atuar em defesa dos direitos das pessoas LGBTI também como trabalhadores e trabalhadoras,” enfatizou Gisele.

Um dos momentos mais emocionantes do evento no STIHMPRA foi a inauguração de um banquinho de praça com as cores do arco-íris em homenagem à comunidade LGBTI.

“Foi uma honra me sentar nesse banquinho de madeira pintado com as cores do arco-íris, que estará em um espaço pertencente aos trabalhadores e trabalhadoras, dizendo simbolicamente há lugar para a comunidade LGBTI no sindicato. Quero agradecer às companheiras por esse momento que me encheu de orgulho e de emoção,” concluiu.