Sua chegada marcou o início de uma mudança significativa na política interna da empresa, caracterizada pela reabertura do diálogo com os funcionários e pela abordagem de temas pendentes.

Com experiência em negociação coletiva em setores como o metalúrgico e a construção civil, a nova responsável assumiu com uma postura aberta, contrastando claramente com a gestão anterior.

Segundo relatou à Rel UITA Alejandro Sauco, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Las Acacias, a gerente expressou desde o primeiro momento sua disposição para o diálogo. “As portas do RH estão abertas”, afirmou.

“Nota-se um outro ânimo entre os companheiros e companheiras, e uma real disposição para trabalhar em conjunto”, acrescentou Sauco.

A mudança na gestão não aconteceu de forma espontânea. Após denúncias públicas —e junto aos órgãos competentes— sobre uma série de situações de assédio e perseguição, o sindicato, por meio da Federação de Operários e Empregados Moageiros e Afins (FOEMYA), recorreu à Rel UITA para que as denúncias chegassem à sede do grupo no Brasil.

Questionado sobre se acredita que as gestões internacionais influenciaram a mudança, Sauco foi categórico: “Cem por cento. Se não fosse pela Rel UITA, e os companheiros do Sindicato de Maracanaú, a gerência brasileira não teria tomado conhecimento do que acontecia aqui”.

Um dos temas que começaram a ser tratados é o das licenças não pagas, uma dívida herdada da administração anterior.

As conversas entre a empresa e o sindicato já estão em andamento para regularizar a situação.

As mudanças chegam em um momento-chave: na sexta-feira, dia 10, ocorreu uma rodada de negociação no âmbito tripartite dos Conselhos de Salários correspondentes ao setor.

As expectativas estão voltadas para que esse novo clima de diálogo facilite avanços nas condições de trabalho.