A Nestlé continua com uma postura intransigente nas negociações deste ano. Durante a segunda reunião realizada com a bancada de trabalhadores nesta segunda (13), a empresa ofereceu um reajuste salarial de apenas 4,15%, insistindo em prejudicar direitos como o auxílio para compra de medicamentos e o Plano Médico.
Stial
15 | 11 | 2023
Foto: Stial
No caso da Ajuda para Compra de Medicamentos, a empresa pretende restringi-la apenas aos remédios genéricos – hoje é geral. Já no caso do Plano Médico, quer ampliar a coparticipação dos dependentes dos trabalhadores de 20% para 30%.
“A proposta da empresa caiu muito mal entre os empregados. O reajuste salarial mal compensa a inflação do período, e a flexibilização de direitos é um retrocesso”, analisou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial), Artur Bueno Júnior.
A entidade representa os empregados da Nestlé de Cordeirópolis-SP, e integra as negociações no Estado de São Paulo.
Ainda durante a reunião, a Nestlé ofereceu um Piso Admissão de R$ 1.749,00, e a Ajuda Alimentação no valor de R$ 525,00 abaixo de qualquer expectativa dos trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, não mencionou qualquer melhora nos valores da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), e aumento real de salário.
“Nossa próxima reunião ocorre no dia 22, e devemos levar à mesa dos patrões toda a decepção dos empregados com esta proposta. Lembrando que eles estão mobilizados e unificados, aguardando índices bem melhores que este”, finalizou Artur Bueno Júnior.
