“No dia 30 de agosto, realizamos o blackout e não permitimos entrar nem sair nada nem ninguém, nem mesmo gerentes ou diretoria. Contamos com o apoio e presença de vários companheiros e companheiras de outros sindicatos. Foi a partir daí que a empresa nos chamou para negociar”, informou Wilson Vidoto, presidente do STIAM.
De acordo com o dirigente, a Coca Cola Femsa apresentou uma nova proposta que, apesar de não ser considerada um bom acordo, pelo menos foi o que mais se aproximou do esperado pelos trabalhadores e trabalhadoras.
“Em termos gerais, chegamos a um acordo por algo mais de 3 por cento de reajuste salarial, mais bônus de Natal e um aumento no ticket alimentação que será retroativo a maio de 2018, além disso, também receberemos pelos dias parados”.
Vidoto avalia que no cenário de crise do Brasil atual o mais positivo neste processo foi a unidade sindical refletida na defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.
“Uma carta da CNTA* para a gerência e a participação de companheiros e companheiras de vários sindicatos, como os dos motoristas, químicos, metalúrgicos, construção civil e principalmente os do setor da alimentação, foi o ponto chave para que a Coca Cola Femsa de dispusesse a modificar a sua mísera oferta inicial”, assinalou.
“A reforma trabalhista para os sindicatos não existe. O movimento sindical está vivo e combatente e esta greve é a prova de que por mais que queiram destruir o sindicalismo, não vão conseguir”, enfatizou.
Por último, Vidoto agradeceu a participação da UITA e da Felatrac: “como sempre, contamos também com o apoio de nossa Internacional, que imediatamente publicou em seu jornal virtual e nas redes sociais artigos e fotos, estando sempre atenta à evolução do conflito”.
*Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação