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Seminário Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras de Frigoríficos
Com Artur Bueno de Camargo

“Não tenho dúvidas de que vamos enfrentar muitos obstáculos, mas também não tenho dúvidas de que vamos superá-los”

Nos dias 13 e 14 de novembro, nossas confederações filiadas Cnta e Contac realizaram em São Paulo o primeiro seminário nacional do setor de frigoríficos com o objetivo de chegar a um acordo sobre uma pauta de reivindicações para todas as empresas do setor no Brasil.

No encontro, também foram abordadas questões que o país atravessa em sua conjuntura social, política e econômica, devido ao fato de que, em menos de um ano do governo do ultradireitista Jair Bolsonaro, já se sentem os impactos dos cortes orçamentários nas diversas áreas sociais, bem como os efeitos de uma reforma trabalhista nociva para a classe trabalhadora, sem mencionar o ataque sistemático às organizações sindicais.

Artur Bueno de Camargo, presidente da Cnta, resumiu os sentimentos dos presentes em seu discurso de encerramento do seminário. A seguir, A Rel reproduz o cerne de suas palavras.

«Não tenho dúvidas de que vamos enfrentar muitos obstáculos, mas também não tenho dúvidas de que vamos superá-los.

Quero lhes dizer que nesta semana dirigiremos esta pauta a todas as organizações sindicais que estão em nossas bases.

Vamos enfrentar resistências vindas de várias partes. De dentro dos próprios sindicatos haverá aqueles que questionam esta proposta e também das próprias empresas, mas não podemos parar diante da necessidade de unir forças para poder ter maior e melhor representação nas instâncias de negociação coletiva.

Entretanto, mais do que conquistar melhorias para o nosso setor, companheiros e companheiras, devemos entender em nossa mente e em nosso espírito, que precisamos mudar essa política arcaica que se está apoderando deste país, que não está só destruindo os direitos trabalhistas e sociais. Este governo veio para destruir tudo.

Temos o dever de defender as conquistas que foram alcançadas à custa de muita luta e até mesmo a própria vida de queridos companheiros e companheiras. Temos a obrigação de lutar para reverter esta situação.

Eles querem arrasar com tudo

Este governo quer arrasar com tudo, com os recursos naturais, com os direitos, com a própria vida de todos aqueles que não sejam seus simpatizantes e também quiseram se apoderar das cores da nossa bandeira.

Tenho notado que os brasileiros e as brasileiras que não estão de seu lado sentem vergonha ou medo de usar as cores verde e amarelo, até esse direito eles pretendem tirar de nós, mas não vamos permitir isso.

Temos que enfrentar este governo e defender a nossa bandeira e os direitos da classe trabalhadora e da sociedade em geral e isso só será possível se tivermos a capacidade de superar nossas diferenças.

Devemos unificar a nossa luta e este é o nosso momento, é hoje e é agora


Em São Paulo, Amalia Antúnez