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Março, mulheres em movimento

Aproxima-se um novo 8 de março e nós do Clamu queremos agradecer a todas as companheiras e companheiros que se juntaram à causa nestes dois anos tão difíceis e desafiantes.

Amalia Antúnez

07 | 03 | 2022


Foto: Gerardo Iglesias (arquivo)

Queremos convidar vocês a nos acompanharem neste novo ciclo que inicia em 2022, prometendo novos encontros e novos desafios que nos permitem crescer em conhecimento e, também, como pessoas.

Rever o começo do caminho nos leva de volta às novas formas que tivemos que aprender para continuar trabalhando e para nos mantermos juntos apesar do distanciamento imposto à força pela pandemia.

No começo foi bem estranho, mas nos adaptamos e conseguimos extrair o positivo em meio a uma situação que virou o mundo de cabeça para baixo.

Os encontros virtuais permitiram a adesão de mais pessoas e pudemos compartilhar conhecimentos e experiências através das telinhas do computador.

As pessoas vêm de todos os lugares

Da Guatemala, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Brasil, Peru, Nicarágua, Honduras e Uruguai chegaram mulheres e homens, em sua maioria sindicalistas, que acreditam que a equidade é a base para uma sociedade mais justa e livre de desigualdades.

Começamos com uma reunião preparatória para traçar linhas de trabalho no início de 2020 e nos surpreendemos com a enorme vontade que nossas companheiras tiveram de se capacitar e de incluir na agenda sindical questões como cotas de gênero, participação efetiva nas diretorias sindicais, discriminação, violência e de incorporar o coletivo de gênero diverso.

Embora não seja um tema recente, pois a Rel UITA já era pioneira no tratamento das questões de gênero e de inclusão da comunidade LGBTI, foi só agora nos últimos dois anos que o Clamu reuniu um coletivo de trabalho que pôde dar forma e realidade à luta por igualdade e respeito aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Como em qualquer grupo, algumas pessoas ficaram pelo caminho e outras foram surgindo, e na base estão aquelas e aqueles que veem na educação e na luta social a única forma de conseguir verdadeiras mudanças.

Um antes e um depois

Para 2022 retomamos Março Mulheres em Movimento, desta vez com uma agenda focada na Convenção 190 da OIT sobre violência e assédio no mundo do trabalho.

Adotado em junho de 2019 pela Conferência Internacional do Trabalho, este texto inclui, pela primeira vez, a violência doméstica como um elemento que afeta o emprego, bem como a saúde e a segurança dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Durante a Marcha das Mulheres em Movimento, o Clamu convocará um curso de formação de multiplicadores e de multiplicadoras, visando a contribuir com as organizações filiadas para o conhecimento e a ação sindical sobre a Convenção 190.

Contamos com vocês para trilharem este caminho conosco um ano mais, perseguindo a utopia, que, como dizia Galeano, serve para isso, para caminhar.