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Gaúcho é eleito presidente da CONTAR

O assalariado rural Gabriel Bezerra Santos, 32 anos, natural de Arroio Grande, foi eleito no dia 30, durante o 2º Congresso Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais (CONTAR).

Com formação superior em Gestão Ambiental, Gabriel exerce a atividade assalariada há 4 anos, na cultura do arroz, cujo contrato está suspenso, pois cumpre mandato como dirigente sindical (2° secretário), na Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul – FETAR-RS, desde 27 de novembro de 2015.

Mais de 70 delegados, de dez estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul) participaram do Congresso.

A delegação gaúcha era composta por oito pessoas. Gabriel tem consciência sobre os desafios que serão assumidos pela sua diretoria em um cenário altamente desfavorável para a classe trabalhadora em geral, mas especialmente para os assalariados rurais.

Com um universo de 5 milhões de assalariados rurais no Brasil, divididos em 11 estados, o dirigente não tem dúvidas de que é fundamental avançar no processo de organização da categoria, por sinal o que já vem sendo feito no Rio Grande do Sul.

“O Brasil vive um momento muito complicado com relação ao recorte ou eliminação de direitos trabalhistas e sociais, um processo de enorme gravidade e sem precedentes. A reforma trabalhista aprovada no final de 2017 destruiu os direitos da classe operária e não trouxe qualquer benefício. E a reforma da Previdência Social afetará muito e para pior os assalariados e as assalariadas rurais”, enfatiza.

Gabriel adianta que as lideranças sindicais já vêm trabalhando conjuntamente com deputados e senadores para criar uma Frente de Assalariados do Campo.

“Acreditamos ser necessário divulgar o que fazemos e a importância que temos perante a produção agrícola e pecuária do país. Também queremos aprimorar a capacitação e a formação, não só dos trabalhadores, mas também dos dirigentes sindicais”, completa.