Com Rosecleia Castro
No contexto da campanha Março Trabalhadoras em Movimento, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Campinas (SITAC) organizou duas oficinas sobre violência e assédio no ambiente de trabalho.
Amalia Antunez
8 | 4 | 2024
Foto: SITAC
Rosecleia, que também é vice-presidente da Rel UITA e participante ativa do Comitê Latino-Americano de Mulheres (Clamu), falou sobre a importância da formação sindical para lidar com a violência e o assédio no trabalho.
“Realizamos duas oficinas, uma destinada aos líderes sindicais e a segunda para os trabalhadores e as trabalhadoras de um frigorífico em Presidente Prudente, em São Paulo”, informou a sindicalista.
"Os dirigentes sindicais atuaram como multiplicadores em suas bases sindicais.
Após a oficina, foram realizadas panfletagens nas portas das fábricas e dos frigoríficos, com informações resumidas sobre a Convenção 190 da OIT sobre a eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho", destacou.
"Este é um assunto que abordamos com o Clamu desde sempre e que estamos trabalhando com os sindicatos de nossa base. Também está relacionado à violência doméstica e seus impactos no ambiente de trabalho", acrescentou.
Em 2023, Rosecleia apresentou um relatório completo em formato audiovisual no contexto da campanha regional promovida pelo Clamu sobre os 16 dias de ativismo contra a violência de gênero.
Lá foram abordados diversos pontos, incluindo o assédio moral e sexual nos locais de trabalho.
“É necessário orientar, capacitar e sensibilizar sobre os casos de violência e assédio no trabalho, seja moral ou sexual, e trabalhar na implementação de cláusulas nas convenções coletivas que busquem a prevenção de situações de violência”, expressou.
Para Rosecleia, avançou-se em alguns aspectos, mas ainda há muito a ser feito.
“Os sindicatos devem ser espaços seguros para promover ações voltadas para a eliminação da violência em todas as suas formas”, concluiu.