Mostra sobre refugiados na Embaixada da Argentina, em Santiago do Chile, segue até o dia 16 de agosto, entrada franca.
Brasil de Fato
29 | 7 | 2024
A exposição Memórias Encontradas Entre a Solidariedade e a Perseguição chega ao Brasil na segunda-feira (29) depois de passar pela Argentina, Uruguai e Chile e pode ser visitada até 16 de agosto no Foyer do Multipalco, do Theatro São Pedro, das 10h às 19h, de domingo a domingo, com entrada franca.
A mostra traz a história de homens e mulheres que no golpe de Pinochet, em 11 de setembro de 1973, ingressaram na Embaixada da Argentina, em Santiago do Chile, em busca de refúgio.
Entre elas brasileiras e brasileiros que não podiam regressar ao Brasil e foram perseguidos pelas ditaduras militares do Cone Sul. Também compõe a exposição mesas de debate, exibição de documentários e visitas guiadas.
De acordo com os organizadores, a segunda metade do século XX no Cone Sul da América Latina foi atravessada por regimes ditatoriais que deixaram um saldo atroz: dezenas de milhares de mortes e desaparecimentos, prisão política, torturas, exílio maciço, deslocamentos forçados internos, desemprego e uma profunda reforma econômica em detrimento das classes populares.
Existiu durante essas décadas uma colaboração estreita entre militares de distintos países, intercâmbio de informação, pedidos de captura e ações repressivas: a denominada Operação Condor.
A exposição é resultado da parceria do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Brasil e da Comisión Provincial por la Memoria da Argentina, com o apoio do Memorial do Rio Grande do Sul, Secretaria da Cultura do RS, Fundação Theatro São Pedro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul através do Curso de Museologia, Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPGMusPa/UFRGS) e Grupo Sépia UFRGS, Sigmund Freud Associação Psicanalítica e Coletivo Testemunho e Ação, a mostra traz registros entre fotografias, documentos produzidos pela repressão e depoimentos que permitem reconstituir o desespero daqueles dias.