“Este projeto já tem vários anos, mas até agora sua discussão e possível aprovação não prosperou”, explicou para A Rel Paulo Madeira.

O texto busca unificar o setor de cooperativas, que se divide atualmente entre cooperativistas e trabalhadores em cooperativas.

“No Rio Grande do Sul existem várias cooperativas, como a Aurora e a Camil, com centenas de trabalhadores e de trabalhadoras representados pelos sindicatos e federações do ramo da alimentação”, afirmou.

De acordo com Paulo, o que o PL 537 busca é fragmentar a representação sindical neste setor, abrindo uma perigosa porta para que em um futuro seja possível haver outro tipo de divisões, fragmentando ainda mais os trabalhadores.

“Querem dividir este setor, seria algo similar a criar por exemplo uma nova categoria que fosse: trabalhadores de SA. Entretanto, na audiência de ontem ficou claro que a maioria das organizações – mais de uma dezena, representantes dos assalariados do setor – exigem que seja eliminado”.

No Senado já é sabido que este projeto de lei não será votado neste período, adiantou Paulo.

“A luta das organizações sindicais da alimentação, de agora em diante, será para que o PL 537 seja eliminado definitivamente”, finalizou.