Sindicatos, federações e confederação organizam próxima discussão para o dia 5 de abril na cidade de Serafina Corrêa
Vanessa Ramos -CONTAC-CUT
25 | 1 | 2024
Foto: Gerardo Iglesias
Nesta quarta-feira, 24 de janeiro, representantes de sindicatos e federações, incluindo a Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação da CUT (Contac-CUT), participaram de uma reunião online.
O encontro teve como objetivo abordar questões relacionadas à organização dos trabalhadores do apanhe de aves, fase crucial antes do abate, e contou com a presença do superintendente regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul, Claudir Antônio Nespoli.
O tema central foi a busca por formas de organização para apresentar propostas sindicais ao governo, visando solucionar os diversos problemas enfrentados pela categoria.
Geni Dalla Rosa, secretária de Comunicação da Contac-CUT, ressaltou que, apesar dos acordos coletivos existentes para o setor de carregamento de frangos, há muitos trabalhadores que não estão devidamente organizados.
A exploração envolvendo a categoria, de acordo com a dirigente, inclui longas jornadas, ausência de registro em carteira, emprego de menores de idade e más condições de trabalho.
"A proposta é organizar esses trabalhadores para combater as condições adversas observadas nas fábricas. E enfrentar e acabar com o flagelo do trabalho escravo identificado neste setor", afirma.
José Modelski Júnior, secretário-geral da Contac-CUT, afirmou que, apesar deste tema estar em debate no estado do Rio Grande do Sul, é fundamental que se construam debates nacionais.
Tais debates visam mapear situações semelhantes em distintas partes do país, inclusive no sentido de garantir uma mesa nacional tripartite para regular o setor, trazendo a responsabilidade dos frigoríficos à tona.
A próxima reunião acertada entre os representantes sindicais e o Superintendente Regional do Trabalho ocorrerá no dia 5 de abril, na cidade de Serafina Corrêa, no Rio Grande do Sul, onde serão convidados representantes do Ministério Público para dar continuidade às discussões e buscar soluções para os desafios enfrentados pelos trabalhadores da indústria alimentícia no país.