A data escolhida – 13 de Maio – faz menção ao aniversário da Abolição da Escravatura, e alerta sobre o péssimo comportamento da transncacional francesa para com os trabalhadores brasileiros.
“A Lactalis quer impor suas vontades no país, ignorando as negociações salariais com as representações dos empregados. Lembra muito bem os senhores do passado, só falta o chicote”, apontou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (CNTA), Artur Bueno de Camargo.
Todas as entidades sindicais da categoria da Alimentação estão sendo convocadas para o ato.
“A postura da Lactalis no Brasil é uma afronta, e tememos que este mau exemplo seja adotado por outras empresas, em outros setores. Enquanto não entenderem que o trabalhador brasileiro tem direitos a serem respeitados, não vamos baixar a guarda e para isto precisamos do apoio de todos os companheiros”, revoltou-se o presidente da CNTA.
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo (Fetiasp), Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac CUT) e União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (UITA) compõe, junto da CNTA, o grupo de entidades organizadoras do protesto. A concentração, para sair em direção ao local do ato, ocorrerá na sede da Fetiasp às 9h.
Os participantes devem levar faixas, banners e cartazes de protesto com o nome da entidade que representam. A sede da Fetiasp fica na Capital paulista – Rua Conselheiro Furtado, 987, Liberdade.
A Lactalis “concedeu” uma reposição salarial em 2021 que representou apenas 80% da inflação acumulada. O valor foi pago sem acordo com a representação dos trabalhadores, que exige a reposição integral das perdas inflacionárias.
Por meio de práticas antissindicais, a empresa passou a atacar os sindicalistas. Além disso, “forçou a barra” tentando seduzir os trabalhadores por meio da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
“Tememos que a empresa queira adotar esta prática sempre, daqui pra a frente, produzindo efeitos avassaladores nos salários e direitos dos trabalhadores. Não podemos permitir que isto prevaleça. Esta luta é de todas as entidades que representam os trabalhadores”, concluiu Artur Bueno.