“Este congresso é muito importante para os trabalhadores e trabalhadoras rurais de Pernambuco, tanto para a unidade política de ação da Federação de Trabalhadores e Assalariados Rurais, visando a um novo mandato, quanto para coordenar ações de resistência”, disse Antunis, para A Rel.
Como enfrentar a situação criada após Jair Bolsonaro assumir a presidência, tema central deste encontro.
De acordo com o dirigente, será preciso organizar-se para atuar enfrentando as novas medidas provisórias que ameaçam os sindicatos: a MP 873, a intensificação da reforma trabalhista; o projeto de reforma da Previdência e o fim do Ministério do Trabalho.
“O Congresso debateu três pilares principais, analisados por três grupos diferentes. O primeiro pilar foi o das garantias dos direitos dos assalariados, o segundo foi sobre a organização, formação e estrutura do plano de luta, e o terceiro foi o financiamento do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), diante deste novo cenário legal”.
Conforme relatou Gilvan, um dos pontos altos do congresso foi o debate sobre a realidade das trabalhadoras e assalariadas rurais, em pauta para a grande mobilização nacional de agosto que vem, junto com a nova edição da Marcha das Margaridas.
“Apesar do avanço nas causas relativas às mulheres, os desafios para colocar fim à desigualdade por questões de gênero são ainda enormes, principalmente com relação ao trabalho informal”, disse Gilvan.
Participaram do congresso delegados e delegadas dos diferentes sindicatos filiados à Fetaepe, representantes da Federação dos Trabalhadores de Pernambuco, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), bem como vereadores e deputados estaduais e federais, ativos defensores das causas operárias no Congresso Nacional.
No domingo, 24 de março, o Congresso votou a nova direção da Fetaepe, que se mostrou firme na luta contra qualquer tipo de retrocesso nos direitos da classe operária brasileira.
Antunis terminou agradecendo à Rel UITA “por dar cobertura ao encontro, por estar sempre posicionada, quando solicitada, e pela oportuna colaboração na análise da conjuntura social do Brasil”.