Sobre isso, a Rel conversou com Geni Dalla Rosa, secretária de Comunicação da Confederação Democrática dos Trabalhadores da Alimentação (CONTAC) e secretária-geral do Sindicato.

“Várias companheiras e eu voltamos a visitar as fábricas e frigoríficos de Serafina Corrêa para entregar um presente às mulheres trabalhadoras e também um folheto sobre a origem e a importância desta data”, disse ela.

Para a dirigente, que esteve à frente da Secretaria de Educação da Confederação por muitos anos, é fundamental que as trabalhadoras estejam informadas sobre temas como discriminação, violência de gênero e doméstica, assédio sexual e psicológico no trabalho.

Outros sindicatos, como os de Erechim, Encantado e Marau, organizaram seminários e oficinas pensados para esta data, destacou.

Geni lamentou o aumento exponencial dos casos de violência doméstica e seu impacto direto no ambiente de trabalho.

Só em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no país, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“Embora tenhamos uma lei chamada Maria da Penha, por si só ela não é eficaz. Precisamos ampliar os espaços de contenção e também trabalhar na prevenção a partir das organizações sindicais”, afirmou.

“Neste ano nos unimos à bandeira do Comitê Latino-Americano de Mulheres da UITA (Clamu) em solidariedade às companheiras da Argentina”.

“No Brasil, vivemos sob o governo de Jair Bolsonaro, uma época de retrocesso brutal em termos de direitos, e sofremos um discurso de ódio contra mulheres e pessoas LGBTI, que até agora está tendo suas repercussões”, lembrou.

Durante todo o mês de março, como é habitual, o Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Serafina Corrêa realizará campanhas de sensibilização sobre a violência em todas as suas formas. Neste ano, também haverá atividades em abril.

“Na primeira semana de abril, realizaremos o Segundo Encontro Nacional de Mulheres, Negritude e Diversidade, que contará com o apoio e participação da CONTAC, da Rel UITA e do Clamu”, exemplificou.