Desde o início da pandemia do COVID-19 o setor da agropecuária brasileira não interrompeu suas atividades. Os assalariados e assalariadas rurais continuam trabalhando e se expondo para que não falte alimento na mesa dos brasileiros.
Mesmo cientes de que se trata de uma atividade essencial, CONTAR e UITA vem alertando desde o início da política de isolamento que o Estado brasileiro não havia estabelecido um plano para preservar a saúde dos trabalhadores.
“Entendemos a importância da atividade, mas não é possível permitir que a alimentação da população brasileira seja garantida com a exposição dos assalariados e assalariadas rurais à um vírus tão perigoso” destaca Gabriel Bezerra, presidente da CONTAR.
Na avaliação de Gabriel, desde o início da pandemia os setores econômicos essenciais tem recebido apenas recomendações do Estado Brasileiro do que deve ser feito para evitar o contágio e propagação do vírus, todavia, agora que há uma pressão para abertura do comércio tem sido estabelecidas algumas regras obrigatórias.
“Estamos trabalhando desde o início da pandemia e nunca se estabeleceu como obrigatório o uso de máscaras ou a limitação do número de trabalhadores por metro quadrado. Agora vários estados tem aprovado leis que tornam estas medidas obrigatórias para as relações de consumo”, afirma Gabriel.
“O objetivo de se buscar ajuda da OIT é uma tentativa para que seja estabelecido o diálogo tripartite e assim possamos discutir medidas efetivas para o setor, principalmente porque o COVID-19 é uma crise de longo prazo, não vai parar no mês que vem.
É preciso adequar até mesmo as normas de saúde e segurança do trabalho para as especificidades do COVID-19”, finaliza Gabriel.