Os riscos de trabalhar na JBS
A JBS continua somando contas ao seu longo rosário de péssimas práticas trabalhistas. Segundo dados apresentados pela imprensa e pelos sindicatos do setor frigorífico, contando apenas os últimos 15 dias, a JBS Brasil já surpreendeu pelo número de casos apresentados, colocando em risco a saúde e a vida de seus trabalhadores e trabalhadoras.
Rel UITA
07 | 03 | 2023
Imagen: Allan McDonald
No Paraná, na semana passada, faleceu um operário em uma das empresas da JBS. E em Dourados, no Mato Grosso do Sul, houve um vazamento de amônia, fazendo com que todo o pessoal do frigorífico, presente no momento, fosse hospitalizado.
Em Sidrolândia, também no estado do Mato Grosso do Sul, o assédio moral e o ritmo de trabalho cada vez mais intenso nas linhas de produção causaram nas pessoas mais transtornos emocionais e um maior número de casos de lesões por esforços repetitivos (LER).
Em Forquilhinha, Santa Catarina, além de terem oferecido aos trabalhadores comida em mau estado, até com larvas de insetos, a pressão e o ritmo de trabalho aumentaram as probabilidades de adquirirem LER ou de sofrerem acidentes.
As confederações operárias que representam os trabalhadores e as trabalhadoras da JBS mantêm há anos uma luta diária para a empresa melhorar as condições de higiene, saúde e segurança em suas unidades frigoríficas, e para cumprir a Norma Regulamentadora Nº36 (NR-36), garantindo assim os padrões mínimos exigidos por lei para os trabalhadores.
Entretanto, a transnacional, apoiada – como muitos outros péssimos empresários – pelo anterior governo, mantém uma postura de total desrespeito aos seus trabalhadores.
Para Célio Elias, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região (SINTIACR), “esta série de casos que saíram à luz em apenas 15 dias mostra o verdadeiro rosto da JBS Alimentos no Brasil”.