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Brasil | MULHER | RURAIS

Mulher e sindicato
Com Samara Souza

Convenções coletivas
que garantem direitos

No final de maio, as federações de trabalhadores, assalariados e assalariadas rurais do Nordeste do Brasil, ambas pertencentes à CONTAR, organizaram um encontro de mulheres em Natal, capital do Rio Grande do Norte, tendo como eixo temático questões de gênero e direitos humanos nas empresas. Na ocasião conversamos com Samara Souza, uma jovem dirigente e assalariada rural de Juazeiro, Bahia, que também participa ativamente das atividades do Clamu.

Amalia Antúnez

17 | 06 | 2022


Samara Souza | Foto: Amalia Antúnez

-Como você avalia este encontro?
-Foi muito positivo, especialmente porque nos permitiu ver as diferentes realidades apesar da proximidade geográfica.

Como assalariada rural, devo dizer que fiquei muito surpresa e angustiada ao saber o que as minhas companheiras do Rio Grande do Norte vivenciam, que algumas delas não possam nem ir ao banheiro quando precisam, que sofrem assédio moral e perseguição por fazer parte do sindicato.

Felizmente, nunca tive que vivenciar o que elas passaram, nem como trabalhadora, nem como dirigente sindical.

Este foi um primeiro passo, juntamente com a recente criação da Comissão Nacional de Mulheres da CONTAR, para construir estratégias que melhorem a realidade destas companheiras.

O sindicato, um instrumento fundamental

-Também incide o tipo de sindicalismo que se desenvolve nessas regiões?
-Os sindicatos são o instrumento da classe trabalhadora brasileira para enfrentar os ataques deste governo, que corta recursos e não gera políticas de desenvolvimento para os assalariados e as assalariadas rurais.

Encontros como este em Natal ou como os de intercâmbio promovidos pela CONTAR são fundamentais.

Eles nos permitem aproximar-nos de diferentes realidades, ouvir as companheiras e a partir do sindicalismo poder melhorar as condições daquelas trabalhadoras que carecem de tantos direitos e trocar experiências de ações positivas, como a inclusão de cláusulas de gênero nas convenções coletivas.

-Por exemplo?
-Na convenção coletiva do Vale do São Francisco introduzimos cláusulas que se referem à discriminação por questões de gênero no trabalho; uma que oferece serviços de creche para trabalhadoras e o sindicato conseguiu aumentar a licença-maternidade de quatro para seis meses sem perda salarial nas empresas que não possuem esse serviço.

Também temos uma cláusula específica que garante a amamentação nos primeiros seis meses de vida do filho ou filha e outra que melhora a licença em caso de aborto espontâneo, de duas para quatro semanas.

Por outro lado, temos cláusulas que penalizam o assédio moral e sexual e a violência no ambiente de trabalho. Caso seja detectado um caso desse tipo, as empresas devem punir os agressores e apoiar as mulheres que foram vítimas.

O machismo dos companheiros

-Outro tema que foi recorrente durante o encontro foi ainda haver muito machismo no meio sindical...
-Infelizmente sim. Embora tenhamos conseguido transformar alguns paradigmas e já existam mais sindicatos que abrem espaços reais para a participação das mulheres além das cotas sindicais, a grande maioria é muito machista.

A Comissão Nacional de Mulheres da CONTAR busca ser uma ferramenta para empoderar as mulheres trabalhadoras em todo o Brasil, ser um espaço onde possamos nos expressar e desenvolver estratégias comuns para avançar nas políticas de gênero dentro dos sindicatos.

A partir dos depoimentos das companheiras podemos perceber que ainda há muito trabalho a ser feito, mas estamos abrindo caminhos com o apoio de organizações parceiras como a Rel UITA e a Oxfam Brasil, que nos apoiam na realização dessas atividades.

 

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