Diversos sindicatos têm relatado à Regional Latino-Americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Rel UITA) dificuldades nas negociações com as grandes empresas do setor de processamento de carne.

Empresas como JBS, BRF/Marfrig, Minerva, Aurora e frigoríficos de médio porte vêm sendo foco de debates sindicais, especialmente devido aos obstáculos impostos durante processos de negociação.

O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho do Setor Agroindustrial (ObAgro) tem acompanhado de perto muitas dessas questões, com destaque para os temas relacionados à saúde do trabalhador e ao meio ambiente.

Diante desse cenário, as duas confederações nacionais —CNTA e CONTAC— e importantes organizações do setor, com o apoio da Rel UITA, irão promover uma reunião para discutir a fundação do Comitê Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras da Carne.

Segundo Josimar Cecchin, presidente da CONTAC-CUT, a criação do Comitê representa uma grande oportunidade para fortalecer a luta dos trabalhadores brasileiros. Para Artur Bueno, presidente da CNTA, "as lutas unificadas são muito mais eficazes na conquista e defesa dos direitos dos trabalhadores".

Gerardo Iglesias, secretário regional da UITA, reforça o apoio da entidade à iniciativa, destacando que esse processo de organização será acompanhado inclusive pela sede da UITA em Genebra, com o objetivo de inspirar ações semelhantes em nível internacional.

Às 14h, haverá audiência pública sobre as condições de trabalho nos frigoríficos, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, convocada pelo deputado Rodrigo Minotto.