A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Cervejeira do Panamá (STICP) com o apoio do Sitrafcorebgascelis e da Fuclat¹, havia começado em 16 de junho, depois que mais de 90% dos trabalhadores e das trabalhadoras tivessem votado a favor da paralização.

“Na própria sexta-feira, nós nos reunimos com a Cervejaria Nacional, mas não chegamos a nenhum acordo. O Ministério do Trabalho convocou novamente as partes para o dia seguinte", explicou à Rel Jaime Acevedo, secretário geral do STICP.

"Ficamos todo o dia, até tarde da noite, negociando e conseguimos um acordo que consideramos satisfatório", acrescentou.

Entre as conquistas, destaca-se a contratação de pelo menos 45 vagas permanentes que haviam sido terceirizadas ou negligenciadas, aliviando a carga de trabalho dos demais trabalhadores.

Também foi feita uma readequação da presença de auxiliares nos caminhões, visando a reduzir a incidência de doenças ou de lesões entre os trabalhadores e trabalhadoras.

Além disso, a empresa se comprometeu a não tomar represálias contra quem participou da greve, ao mesmo tempo em que se comprometeu a abandonar a política de eliminação unilateral e arbitrária de postos de trabalho.

"Recuperamos uma grande quantidade de vagas que haviam sido eliminadas e detivemos esse ataque descontrolado da empresa. Em resumo, consideramos que o saldo da greve é positivo.

Isso foi resultado da união e da firmeza da imensa maioria dos trabalhadores e trabalhadoras. Agradecemos à Rel UITA e aos outros sindicatos do setor de Bebidas por estarem sempre ao nosso lado", concluiu Acevedo.

1 Sindicato Industrial de Trabajadores de la Fabricación y Comercialización de Refrescos Bebidas, Gaseosas, Cervezas, Licores y Similares (Sitrafcorebgascelis), Federación Unitaria de la Clase Trabajadora (Fuclat).