Salário de R$ 1.200, piso de R$ 80,00, cesta básica de R$ 100,00, atualização da tabela de tarefas, alimentação digna no local de trabalho, ampliação da contratação de mulheres, transporte seguro, saúde e segurança no local de trabalho, combate ao uso dos agrotóxicos são alguns dos itens que compõem a pauta deste ano.
Acompanhando as assembleias de Escada e Ribeirão, o presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco (FETAEPE), Gilvan Antunis, fez um resgate das conquistas e direitos garantidos pelos sindicatos ao longo das negociações.
Ele também relembrou a criação, há 40 anos, da primeira Convenção Coletiva da categoria e como tem sido difícil, especialmente após o golpe de 2016, manter essas conquistas.
“Cada dia fica mais desafiador negociar com o patrão, mas o sindicato e a Federação não arredam o pé dessa tarefa. Não vamos permitir que o trabalhador e a trabalhadora percam direitos e que se enxugue a nossa Convenção”, afirmou.
A assalariada rural, Maria da Conceição dos Santos, mais conhecida como “Roxa”, do município de Escada, participa de todas as reuniões do Sindicato.
Segundo ela é muito importante participar para saber das novidades e reencontrar as pessoas.
Mas para a dirigente, a manhã desse domingo foi especial, “porque hoje a nossa vida vai ser decidida. Se a gente precisa acompanhar o que a diretoria faz, mais importante é quando vão falar da negociação, porque traz as melhorias pra gente, né?”, disse.
A próxima fase da campanha é a notificação da classe patronal, seguida da negociação coletiva propriamente dita.
Como afirma o canto popular “essa luta não é fácil, mas vai ter que acontecer. O povo organizado tem que chegar ao poder”.
Fotos: Ildebrando Gutemberg e Rosely Arantes