Nascido da necessidade de gerar ações promotoras da inclusão de pessoas LGBTI no âmbito trabalhista e sindical, o Comitê analisará estratégias e instrumentos técnicos específicos que respeitem a diversidade sexual e de gênero nos ambientes de trabalho, promovendo instâncias e esferas de integração, análise e prospecção sobre os desafios e reivindicações em nome das pessoas de gêneros e opções sexuais diferentes.
No dia 21 de julho, durante o Conversatório Sindical: mulheres e gênero diverso. Compreendendo a diversidade de gênero, ficou evidente a necessidade de articulação permanente entre trabalhadores e sindicatos, como elemento fundamental para garantir o respeito aos direitos das pessoas LGBTI.
Na reunião virtual do grupo que compõe o Comitê, foram traçados objetivos no curto, médio e longo prazo.
Os e as participantes concordaram que, para a primeira etapa do trabalho, eles deverão ser treinados em questões de gênero e diversidade. Nesse sentido, começarão com oficinas para os multiplicadores.
“É importante que saibamos detalhadamente sobre essas questões antes de trabalhar com as bases sindicais e com os trabalhadores e as trabalhadoras nas fábricas, no campo ou onde quer que estejamos”, disse Rosecleia Castro, vice-presidenta da Rel UITA e participante ativa dos encontros do Clamu.
Gisele Adão, vice-presidenta do Comitê Mundial LGBTI da UITA, abriu o encontro observando como é gratificante para ela fazer parte de um grupo que, embora não sofrendo os preconceitos sofridos pelas pessoas de gêneros e opções sexuais diferentes, abre seu coração e braços para a causa.
“Nas reuniões do Clamu vemos como a luta pelos direitos das pessoas LGBTI não é só nossa, é de todos e de todas. Isso me dá uma grande alegria”, disse Gisele emocionada.
As duas horas de reunião foram poucas para tantos assuntos e enormes desafios.
Ficou estabelecida a realização de oficinas de capacitação para os multiplicadores e as multiplicadoras, visando, em uma segunda instância, a iniciar a elaboração de material didático que servirá para compartilhar nas bases sindicais.
No longo prazo, as expectativas do Comitê são mais ambiciosas: conseguir incorporar cláusulas específicas para a comunidade LGBTI nos estatutos sindicais e nas convenções coletivas.
Faremos o caminho enquanto caminhamos.