Rel Uita
Rel Uita Rel Uita
  • Rel Uita
  • SINDICATOS
  • DD.HH.
  • MULHER
  • Multimedia
  • DOSSIERS
    • 2023
      • Greve por tempo indefinido em Aurora
      • XVI Conferência Regional
    • 2022
      • Lactalis
    • 2021
      • NR 36
      • Dossier NR Paim
    • 2020
      • 16 días de activismo » yo tengo derechos. Quiero igualdad y respeto»
      • Todas, todos somos Odilia Caal Có
      • Campanha internacional “A carne mais barata é a do trabalhador
      • Uma empresa sem ética, uma empresa sem limites
      • Coronavirus
      • Seminario Derechos Humanos y Seguridad en la Acción Sindical
  • XVI Conferência Regional
  • ESPAÑOL
Versión en Español

Brasil | DH | MULHER

Com Lourdes Mallmann

Brasil com B de barbárie

A Câmara dos Deputados brasileira aprovou no último dia 12 de junho regime de urgência para o Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto após as 22 semanas, ao crime de homicídio. Nossa organização filiada, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul (FTIA RS), publicou imediatamente uma nota de repúdio por considerar essa medida absurda, cruel e inaceitável.

Amalia Antúnez

10 | 7 | 2024


Lourdes Mallmann | Foto: Giorgio Trucchi

Sobre essa nova barbárie apresentada pelos legisladores ultradireitistas e pela chamada bancada da bíblia (neopentecostais), conversamos com Lourdes Mallmann, secretária de Mulheres da FTIA-RS e militante ativa do Comitê Latino-Americano de Mulheres da UITA (Clamu).

“Decidimos nos manifestar com uma nota assim que esse projeto em regime de urgência foi aprovado, porque justamente havia sido negado o aborto a uma menina vítima de estupro”, lembra.

“Essa decisão marca um claro retrocesso em termos de direitos adquiridos, sem falar que é desumana e absurda. A pena prevista no projeto é maior para a vítima do que para o agressor”, destaca Lourdes.

O projeto dispõe que o aborto legal —permitido no Brasil em casos de estupro, risco de morte para a gestante ou um tipo de malformação fetal— só é permitido até as 22 semanas de gestação. Na legislação atual, não há um prazo fixo para a realização do procedimento.

Se o prazo for ultrapassado, a pena será equiparada ao crime de homicídio simples, que estipula de seis a 20 anos de prisão.

Segundo dados oficiais, duas mulheres são estupradas por minuto no Brasil e 80 por cento dos casos envolvem meninas e adolescentes, sendo que os ataques são geralmente cometidos no entorno das vítimas.

Negação de assistência

Médicos especialistas apontam que muitas vítimas, geralmente meninas de 10 a 12 anos, como não têm um ciclo menstrual regular, não reconhecem os sintomas da gravidez, e as mães dessas meninas, que muitas vezes não denunciam os abusos por medo e culpa, pensam que os enjoos são devido a vermes ou alguma virose.

A gravidez só é descoberta quando a barriga cresce, ou seja, após quatro ou cinco meses de gestação.

Segundo Lourdes, há inúmeros casos em que nos próprios hospitais se nega o direito ao aborto nessas circunstâncias, mesmo quando as meninas estão amparadas pela legislação, ou em que juízes locais tomam medidas para evitar o procedimento.

“Imaginem se esse projeto se tornar lei. É evidente que as mais afetadas serão as meninas e adolescentes pobres, e negras. É uma espiral de violência sem fim”, aponta.

O movimento sindical deve reagir

Para a dirigente, além das opiniões pessoais sobre a interrupção voluntária da gravidez, é importante que, como organizações que defendem os direitos humanos, os sindicatos tomem uma posição sobre o tema.

“Acho que, como organizações que lutam pelos direitos das mulheres, temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse projeto não avance.

Especialmente, porque nos casos de estupro, o aborto é um direito constitucional adquirido, não um crime”, concluiu.

  • Facebook
  • Pinterest
  • LinkedIn
  • Email
  • WhatsApp
Rel – UITA
Sumate a nuestro boletín diario de noticias:
La Rel Hoy!
Nosas Redes:
Copyright © 2025 . Todos os direitos reservados Rel-UITA.
Autorizam-se a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site, desde que seja citada a fonte completa e seu endereço eletrônico.
Menu
  • Rel Uita
  • SINDICATOS
  • DD.HH.
  • MULHER
  • Multimedia
  • DOSSIERS
    • 2023
      • Greve por tempo indefinido em Aurora
      • XVI Conferência Regional
    • 2022
      • Lactalis
    • 2021
      • NR 36
      • Dossier NR Paim
    • 2020
      • 16 días de activismo » yo tengo derechos. Quiero igualdad y respeto»
      • Todas, todos somos Odilia Caal Có
      • Campanha internacional “A carne mais barata é a do trabalhador
      • Uma empresa sem ética, uma empresa sem limites
      • Coronavirus
      • Seminario Derechos Humanos y Seguridad en la Acción Sindical
  • XVI Conferência Regional
  • ESPAÑOL