“De maneira unilateral, a Bepensa começou a terceirizar diferentes áreas da empresa e a demitir muitos trabalhadores”, disse alarmado, para A Rel, Nilo Montero, secretário geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Bepensa Dominicana SA (Sinatrabedsa).
No centro de distribuição de Bonao, no norte do país, quase 80 por cento do pessoal foi terceirizado, com exceção dos trabalhadores de pré-venda.
Em Santo Domingo, terceirizaram-se 70 por cento do pessoal da gestão de frotas, e os rumores levam a crer que farão a mesma coisa com os distribuidores.
“De acordo com as informações que temos, há um plano para irem paulatinamente terceirizando os 12 centros de distribuição da Bepensa no país. Estamos bastante preocupados porque por trás dessa forma desleal de atuar, escondem-se as reais intenções da empresa: acabar com o sindicato e anular o convênio coletivo”, denunciou Montero.
“Já perdemos muitos filiados. Precisamos frear essa ofensiva da patronal”, alertou.
Diante desta situação, o Sinatrabedsa solicitou o apoio das organizações amigas.
“Precisamos do apoio imediato de todas aquelas organizações que sempre se solidarizaram com a nossa luta sindical, tanto nacional como internacionalmente.
Pedimos para a UITA difundir e denunciar mundialmente os ataques que estamos enfrentando, bem como as reais intenções da Bepensa Dominicana”.
“Se as coisas continuarem assim, todo o pessoal de venda será terceirizado e o sindicato deixará de existir. Portanto, precisamos nos mobilizar porque não podemos permitir que isso aconteça”, concluiu.