A ação faz parte de campanha mundial “A carne mais barata do frigorífico é a do trabalhador”, organizada pelas Confederações representantes dos trabalhadores do setor alimentação, CNTA Afins e Contac-CUT, em parceria com a UITA (União Internacional dos Sindicatos da Alimentação).
Segundo Artur Bueno Júnior, vice-presidente da CNTA, ao longo da pandemia o setor de proteína animal tem obtido lucros, ao contrário de outros segmentos, e mesmo assim se recusa a adotar medida de proteção efetiva para garantir a saúde dos funcionários. “Na linha de produção, 25% dos empregados já foram contaminados. Ou seja, 125 mil trabalhadores”, ele conta.
Os sindicalistas decidiram intensificar as ações da campanha após terminar sem acordo reunião com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), dia 9 de setembro.
Os empresários se recusaram a atender qualquer solicitação dos trabalhadores, que reivindicam testagem na retomada das atividades da unidade, redução em 50% da aglomeração na linha de produção e troca diária de máscaras.
No ato, em frente a Bolsa de Valores, um caixão simboliza o trágico destino dos trabalhadores de frigoríficos. Grupo de apoio vestido com o uniforme característico do setor, alertou a população sobre o problema.
“Somente com a atenção da sociedade, e de setores como o mercado financeiro, os empresários vão entender que não podem continuar produzindo sem respeitar a vida humana. A campanha continua”, afirmou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo.