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A FOICA analisa em plenária novas medidas de luta

“Até sermos ouvidos”

A Federação Operária da Indústria da Carne e Afins (FOICA), filiada à UITA, realizou nesta manhã uma plenária nacional onde avaliou a paralisação de 72 horas no âmbito do conflito com as câmaras empresariais e analisou as medidas a serem implementadas caso a negociação não avance.

Amalia Antúnez

5 | 12 | 2024


Foto: Amalia Antúnez y Washington Vera

Representantes das organizações filiadas à Federação destacaram o alto índice de adesão à medida sindical.

“Por enquanto, conseguimos que o Executivo se comprometesse a não decretar um acordo ─a última proposta feita para resolver o conflito─ e isso é um bom sinal de que a paralisação foi eficaz”, disse Martín Cardozo, presidente da FOICA.

A federação foi convocada para uma nova reunião no Ministério do Trabalho, amanhã, quinta-feira 5, que definirá os rumos da situação.

Se os empresários permanecerem inflexíveis em discutir a proposta de acordo apresentada pela federação e o Executivo decidir intervir por decreto, as cláusulas de prevenção de conflitos e de paz cairiam automaticamente, o que pode levar a uma ampliação das medidas adotadas pelos sindicatos.

A plenária refletiu uma forte unidade diante das medidas adotadas e das futuras ações, onde não se descarta uma mobilização nacional caso não haja acordo.

“Vamos esgotar todas as instâncias para conseguir negociar, que é o que estamos reivindicando, e melhorar as condições dos trabalhadores e trabalhadoras da indústria. Estamos sempre abertos ao diálogo, mas não vamos hesitar em adotar as medidas que considerarmos necessárias para sermos ouvidos”, afirmou Cardozo.

O dirigente aproveitou a ocasião para agradecer as mensagens de solidariedade do presidente da Confederação dos Trabalhadores da Alimentação da CUT do Brasil, Josimar Cecchin, do secretário-geral da Federação do Pessoal da Indústria da Carne da Argentina, Alberto Fantini, e da nota enviada pela Rel UITA à Presidência da República.

Fotos: Amalia Antúnez y Washington Vera