Após mais de 4h de uma audiência realizada nesta quinta (18), uma nova audiência foi marcada para 2 de julho.
A empresa ofereceu um valor fechado de R$ 20 milhões ao grupo de 1.912 empregados, sendo R$ 15 milhões pagos em até 60 dias, e outros R$ 5 milhões parcelados em 60 meses.
O montante continua abaixo da quantia referente aos 20 minutos diários de viagem para cada trabalhador, com base no salário médio pago pela empresa, pleito anterior do sindicato.
Nesta audiência, o Stial apresentou uma nova proposta, para fins de acordo, de R$ 22.000.000,00 pagos à vista para quitação do processo. O valor exclui os juros, e também desconsidera o percentual de 70% sobre as horas extras, presente na Convenção Coletiva – considera apenas os 50% da legislação.
“Entendemos que o Sindicato e trabalhadores já cederam ao máximo para que tenhamos um acordo com a empresa. Caso a nossa proposta não seja aceita, pedimos que a ação seja pautada para julgamento”, argumentou a advogada do Sindicato, Sueli Yoko Taira.
Os cálculos de salário médio e número de empregados foram baseados nas informações fornecidas pela empresa. “Para entendimento claro da nossa proposta, o trabalhador deve considerar R$ 215,03 por mês, e por trabalhador”, apontou Yoko.
O presidente do Stial, Artur Bueno Junior, considerou positivo o avanço nas propostas do Sindicato e da empresa, e disse que o entendimento pode estar próximo.
“Nossa negociação fez aumentar consideravelmente o valor oferecido inicialmente por eles. A própria Ajinomoto percebeu o quão distante estava do valor justo, no início do processo”, comentou.
As audiências de conciliação estão sendo realizada de forma virtual, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas).
Elas referem-se à ação do sindicato, que em julho de 2019 teve sucesso na Justiça do Trabalho de Limeira. “Agradecemos à paciência dos trabalhadores, que permanecem unidos e confiantes, junto do sindicato”, finalizou Artur Bueno Júnior.