Aos empregados, a direção ofereceu aumento inferior à inflação acumulada no período, e propôs reduzir o adicional noturno que hoje é de 35%, para 20%.
“Classificamos a proposta como um desrespeito, e apoiamos a recusa dos trabalhadores. Além da perda inflacionária, aceitá-la seria sofrer a perda de direitos duramente conquistados”, apontou o presidente do Stial, Artur Bueno Júnior.
A posição dos empregados foi determinada durante assembleias, realizadas em todos os turnos da empresa.
A Ajinomoto também quer reduzir o Cartão Alimentação, de R$ 290 para R$ 288,17, e estabelecer uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 1.000,00 para todos os empregados – atualmente, ela é vinculada ao salário de cada trabalhador.
Ao final das assembleias, os empregados estabeleceram prazo até 28 de maio para que a empresa apresente uma contraproposta.
“Nossa data-base é maio, mas se isto não melhorar, vamos ter de contar com a compreensão e mobilização dos companheiros”, apontou Joselito Inácio, vice-presidente do Stial.
A inflação acumulada de abril, segundo o INPC, foi de 1,69%. O índice baliza as negociações salariais do setor privado.
Os 20% de adicional noturno são estabelecidos na legislação trabalhista comum, sendo que os 35% foram conquistados pelo Stial, durante as negociações salariais anteriores.