As negociações com a transnacional Lactalis não foram fáceis. Neste ano, sua oferta inicial de aumento salarial para os trabalhadores/as da fábrica não chegava a cobrir nem o índice da inflação.
Diante desta intransigência e depois de um mês de negociações, os trabalhadores/as sindicalizados tiveram que se declarar em greve para que a Lactalis concordasse em melhorar a sua proposta inicial, o que aconteceu no mês de setembro. Atualmente, os agricultores familiares estão negociando o preço do leite.
A Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (FETAG-RS) se reuniu, na terça-feira 5, com o diretor da transnacional, Carlos Russo, com o objetivo de estabelecer um preço mínimo para garantir a atividade tanto dos produtores como da indústria.
De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, a primeira reunião foi positiva, já que a indústria mostrou entender a necessidade de se construir uma nova metodologia e um novo ciclo de produção de leite no estado do Rio Grande do Sul.
Espera-se que essa transnacional se utilize da mesma liquidez necessária para adquirir empresas na hora de melhorar os salários de seus trabalhadores/as, bem como o preço pago aos seus produtores.
A Lactalis emprega mais de 60 mil pessoas nos 50 países onde opera. É considerada a 15ª maior empresa do setor de alimentos do mundo.
Atualmente, conta com 17 fábricas no Brasil, adquirindo em 2014 a Lácteos Brasil (LBR) e a divisão láctea da BRF. Como se fosse pouco, também administra as marcas Batavo, Parmalat e Elegê.