-Como você avalia o encontro?
-É muito importante esta parceria com a Central (CUT), bem como a participação da Rel UITA e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dos trabalhadores das bases, dos representantes das federações filiadas à Contag.
Isso nos demonstra a necessidade de agir de forma mais eficaz no combate à violência no campo.
Os depoimentos destes companheiros e companheiras que vieram compartilhar conosco, é um exemplo muito pequeno do que acontece no campo brasileiro na disputa por terras e no avanço do agronegócio, da grilagem e da mineração.
-Observa-se um aumento da violência...
-Sem dúvida, nos últimos anos, houve um endurecimento desta violência e esse foi o fator que nos levou a propor este encontro.
O discurso do governo tem dado carta branca para os latifundiários e as grandes corporações se sentirem apoiados para expulsar os agricultores e as comunidades originárias de suas terras.
Isso não é algo novo, só que com as medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro se acentuaram. Por isso, a importância de combater todos os tipos de violência presentes no campo brasileiro, de forma coordenada.
-Como essa parceria de trabalho será implementada?
-Uma série de diretrizes finais foram estabelecidas incluindo campanhas internacionais de denúncia, audiências públicas na comissão de direitos humanos do Senado, um trabalho mais direto junto às bases sindicais e com a CPT nos estados que apresentam o maior número de conflitos pelas terras e as maiores taxas de violência.
A ideia também é nos unirmos novamente para desenvolver um plano de trabalho comum mais estruturado em conjunto com CUT, a Rel UITA, a CPT, a CONTAR e a Contag, para que possamos criar estratégias efetivas visando o combate ao foco dessa violência.
Em Brasília, Amalia Antúnez