"A resposta da empresa ao pedido da CNTA, CONTAC e da UITA para reajustar os salários considerando a inflação do período foi negativa, alegando falta de orçamento", disse Artur.
A Lactalis, a primeira do mundo no setor de laticínios, impôs sem acordo com os sindicatos, de forma unilateral, um reajuste salarial 3 pontos abaixo da inflação do período, recusando-se terminantemente a repor a diferença.
"Por outro lado, fica claro que a Lactalis busca negociar condições de trabalho e salários de forma fracionada com cada sindicato, deixando de lado as convenções nacionais, buscando enfraquecer e dividir a organização sindical por setores."
O dirigente informou que o departamento jurídico da CNTA está analisando possibilidades para enfrentar a intransigência da transnacional produtora de laticínios.
“Infelizmente o que nos resta é seguir o caminho jurídico. Estamos vendo com nossos assessores quais medidas tomar", disse.
Alguns sindicatos e federações que representam os trabalhadores e as trabalhadoras da Lactalis Brasil não conseguem assinar acordos coletivos desde 2019 e as dificuldades de negociação com a empresa ocorreram em todo o país, a partir do ano seguinte.
“Sabemos pela nossa participação em reuniões internacionais com outros sindicatos da Lactalis de outras regiões que a transnacional mantém essa política no mundo inteiro”, destacou Artur.
"Continuaremos trabalhando em conjunto com a UITA internacional em busca de estratégias comuns para reverter as ações verticais desta empresa."