Antônio Vitor, presidente da Federação, destacou que esta foi uma negociação difícil devido a que a legislação trabalhista, após a reforma, tende a prejudicar os trabalhadores e as trabalhadoras.
No entanto, a Fetiasp conseguiu importantes avanços nas cláusulas sociais.
“Num contexto muito desfavorável para a classe trabalhadora, fomos capazes de manter todas as cláusulas sociais e adicionar uma muito importante que contempla os trabalhadores LGBTI”, informou.
Para o dirigente, a conquista mais notável deste acordo é que todos aqueles benefícios que a Nestlé oferecia ao seu pessoal e não estavam registrados na convenção, a partir desta assinatura estarão presentes em um texto.
“Além da cláusula de licença parental que abrange particularmente os casais homoafetivos, conseguimos adicionar outras com benefícios, que, embora oferecidos pela transnacional, não estavam registrados na convenção. Isso garante que a Nestlé não será capaz de removê-los unilateralmente.
Vitor lembrou que no total foram 10 as novas cláusulas adicionadas à nova convenção.
“Outro ponto que representou uma importante vitória para nós foi que a Nestlé não terceirizará mais e os setores já terceirizados deixarão de sê-lo.
Somente na fábrica de Araras esta medida abrange cerca de 300 trabalhadores e trabalhadoras”, disse.