Em maio passado, o estado brasileiro do Rio Grande do Sul foi afetado por violentas enchentes que deixaram um saldo trágico de vítimas, danos materiais e perdas financeiras. A mudança climática e o saqueio desenfreado de terras, territórios e bens comuns estão na base do desastre. A CGIL italiana se solidarizou com os milhares de famílias vítimas de um modelo neoliberal predatório e excludente.
Giorgio Trucchi
19 | 7 | 2024
Foto: Infobae
“Conhecemos a coragem e a resiliência do povo do Rio Grande do Sul, constituído em sua maioria também por cidadãos de descendência italiana. Temos a certeza de que, com o apoio de todos, saberá se levantar e reconstruir o que foi destruído”, diz o comunicado da CGIL.
Diante da grave situação que se gerou, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL, por sua sigla em italiano) decidiu apoiar a campanha promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Brasil, com a qual colabora há anos em diferentes áreas.
O objetivo é “levar ajuda imediata às populações afetadas pela emergência e que estão em sérias dificuldades”, explica a confederação italiana.
Também o Instituto para a Cooperação ao Desenvolvimento inscrito na CGIL, Nexus Emilia Romagna decidiu apoiar a iniciativa da CUT Brasil.
Há mais de vinte anos, essa ONG italiana mantém relações com sindicatos e organizações da economia solidária brasileira.
Em especial, na região de Porto Alegre, Nexus Emilia Romagna tem acompanhado iniciativas, propostas e práticas solidárias de justiça social e pela democracia participativa, como por exemplo Unisol Brasil, as cooperativas Univens, Justa Trama e Justa Troca.
“Modelos organizativos de produção, trabalho e crédito baseados em um forte sentido de comunidade, que queremos apoiar neste momento tão dramático”, conclui o comunicado da CGIL.
Dessa forma, a confederação italiana se junta às ações de solidariedade da Rel UITA dirigidas às suas filiadas à Federação de Trabalhadores da Alimentação (FTIA-RS) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG-RS).