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Paralisação internacional das mulheres para que sejam vistas

Neste 8 de março a comemoração do Dia Internacional da Mulher trabalhadora terá um evento especial, a Primeira Greve Internacional de Mulheres.

Esta data, que sempre nos faz lembrar daquelas mulheres que lutaram pelo reconhecimento de seus direitos como trabalhadoras, é um momento de reflexão sobre as conquistas obtidas, mas também sobre o quanto ainda nos falta alcançar.

Todos os dias nos surpreende a notícia de um novo feminicídio. Obviamente, toda a sociedade repudia um acontecimento como este. Porém, não percebem que o feminicídio é apenas a ponta de um iceberg de uma longa, interminável, injustificada e, por momentos, imperceptível cadeia de pequenas e grandes violências diárias contra as mulheres.

Esta violência nada mais é que a ampla e concreta violação dos direitos humanos das mulheres.

Em um mundo regido pelo “mercado”, onde a instalação de políticas liberais parece ditar as soluções com receitas fracassadas, que só conseguem eliminar nossas conquistas sociais, nós mulheres trabalhadoras sofremos também essa violência.

Se a informalidade no emprego cresce, são as mulheres que registram os maiores índices de precarização, porque são elas as que realizam os piores trabalhos com os piores salários.

Os índices mais altos e as formas mais berrantes de violência no trabalho se concentram principalmente nas mulheres trabalhadores.

Se o desenvolvimento de políticas econômicas nos faz mergulhar em números inflacionários que cerceiam nosso poder aquisitivo, são as mulheres as que sentem em maior grau uma diminuição de sua capacidade de compra.

Pior ainda se estamos na América Latina, onde os homens ganham 27 por cento a mais que as mulheres.

Se continuarmos desvalorizando o trabalho não remunerado realizado pelas mulheres diariamente, seguiremos produzindo mais, trabalhando mais e recebendo menos.

Enquanto nossa representação nos âmbitos de decisão só existir graças a normativas que impõem cotas, sem reconhecer nossas capacidades e idoneidades, em uma esfera de igualdade, nada mudará.

Enquanto persistirmos em repetir que a igualdade de gênero é uma prioridade de forma banal, sem estabelecer políticas públicas que garantam uma mudança na estrutura machista de pensamento, nada mudará.

Nós mulheres queremos que todos prestem atenção em nós e por isso pararemos no dia 8 de março.

 
NÓS NOS ORGANIZAMOS para mudar tudo.
Porque ESTAMOS PARA NÓS,
Porque VIVAS e LIVRES QUEREMOS SER.
Porque A SOLIDARIEDADE É NOSSA ARMA.

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