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Com Gonzalo García

“Reunião promissora com o ministro do Trabalho”

A Nestlé no Uruguai demitiu 13 trabalhadores do Centro de Distribuição, o qual, a partir de outubro, passou a operar com pessoal terceirizado, com as consequentes repercussões: precarização do trabalho, salários mais baixos e menos benefícios.

Gerardo Iglesias

21 | 10 | 2025


Foto: Amalia Antúnez

Essa decisão foi tomada de forma unilateral, sem consulta prévia ao sindicato. Mais ainda, em uma reunião realizada com a gerência na manhã de terça-feira, 30 de setembro, a Nestlé desmentiu os boatos de demissões. Cinco horas depois, os trabalhadores foram notificados de seu desligamento da empresa.

“Levamos nossas reivindicações à reunião realizada na última sexta-feira com o ministro do Trabalho, Juan Castillo. Nesse encontro, fizemos uma retrospectiva desde 2018, quando a Nestlé transferiu sua planta de Montevidéu para Canelones”, informou Gonzalo García, delegado sindical e um dos demitidos.

E acrescentou: “O atual ministro participou de reuniões relacionadas àquele processo, e lembramos a ele que, naquela ocasião, a empresa prometeu que a mudança e a nova planta representariam uma melhoria significativa. No entanto, a realidade foi bem diferente: ocorreram várias reestruturações e demissões que reduziram pela metade o quadro original de funcionários.”

García destacou a postura do ministro, que demonstrou excelente disposição, “comprometendo-se a convocar representantes da mesa de negociação do grupo do Conselho de Salários correspondente ao setor do café, bem como um representante da câmara empresarial do setor, para uma nova audiência que será realizada em breve.

Inicialmente, nesta instância participaríamos apenas o sindicato e as autoridades do Ministério. No entanto, a transnacional também foi convocada”, informou o dirigente.